PDT forma comissão para negociar cargo com Dilma
Em reunião, legenda não discute substituto para Carlos Lupi e promete apoio incondicional ao governo. Ex-ministro deve influenciar decisão final
Gabriel Castro
Desgastado por denúncias de corrupção em sua pasta, Carlos Lupi pediu demissão (Sérgio Dutti)
A cúpula do PDT decidiu, nesta segunda-feira, formar uma comissão especial para negociar com a presidente Dilma Rousseff o espaço do partido na Esplanada dos Ministérios. O grupo vai ser composto pelo presidente em exercício do partido, André Figueiredo, pelo secretário-geral, Manoel Dias, e pelo vice-presidente, Brizola Neto, além dos líderes da legenda na Câmara, Giovanni Queiroz, e no Senado, Acir Gurgacz . O ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, só vai reassumir a presidência do partido no fim de janeiro, mas deve participar do debate.
Desgastado por denúncias de corrupção em sua pasta, ele pediu demissão no último domingo. Foi o sétimo ministro a deixar o governo Dilma.
Na reunião, que contou com a presença de Lupi, os integrantes da legenda optaram por não indicar um substituto para o ex-ministro. Pelo menos por enquanto: “Essa é uma decisão da presidente Dilma. Independentemente de cargos, nós somos da base de apoio da presidente Dilma e cabe a ela indicar o sucessor de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho”, disse André Figueiredo após o encontro.
A cautela do PDT se justifica: o partido nem mesmo sabe se vai continuar à frente da pasta, já que a presidente cogita trocar o ministério comandado pelo PDT. Os integrantes da legenda vão ter de aguardar um sinal de Dilma para discutir possíveis indicações. Exatamente por isso os pedetistas formaram a comissão encarregada de negociar com o Planalto.
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